quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O que vejo, senhores e senhoras

Aos senhores e senhoras que lideram
Peço humildemente que reflitam
Aos senhores e senhoras que decidem
Peço unicamente que ponderem
Ouço por todos os cantos lamentos e indignações
Mas já não tento entender a cobiça dos figurões
Vejo diariamente centenas de inconformidades
E gostaria de poder parar a máquina das desigualdades
Mesmo não estando o palanque ao meu alcance
Procuro em um papel criar a minha chance
Sei do vosso ávido desejo por fartura
Também da imperfeição do homem como criatura
Apelo entretanto para a humanidade em vós
Que ampare aqueles deixados a sós
Hoje não há mais grilhões nem chicotes
Ainda assim liberdade parece vendida em pacotes
Jamais poderia um cidadão ser cidadão
Se não pode nem mesmo comprar um pão
Não pretendo viver na ingenuidade
Ou acreditar em lampejos de caridade
Quero apenas que possam enxergar o que vejo
Trata-se do meu mais profundo desejo
Receberão sem dúvida nenhuma mais em troca
Quando entenderem o que este poema coloca
Um povo assistido e melhor preparado
Produz muito mais que marginalizado
Sem demagogia ou piada sarcástica
É tudo uma questão de boa matemática
Em inúmeros sentidos se ganha mais quando mais se faz
Poderia até ser o lema em vosso próximo cartaz